Recentemente, Meta anunciou o projeto No Language Left Behind (NLLB), que visa tornar mais fácil visualizar publicações em mais de 200 idiomas menos falados ao redor do mundo nas plataformas de Facebook e Instagram. Esta iniciativa inclui uma variedade de línguas europeias de recursos limitados, como Gaélico Escocês, Galego, Irlandês, Linguriano, Bósnio, Islandês e Galês. O objetivo é utilizar inteligência artificial para realizar traduções entre esses idiomas sem depender de dados em inglês.
O funcionamento do projeto consiste na utilização de dados do repositório Opus para treinar a inteligência artificial, juntamente com contribuições de especialistas em processamento de linguagem natural. Além disso, Meta emprega uma combinação de informações coletadas de fontes como a Wikipedia em seus bancos de dados. A equipe do NLLB avalia a qualidade das traduções por meio de um conjunto de frases traduzidas por humanos. De acordo com o último relatório divulgado pela empresa, houve um aumento de 44% na precisão das traduções desde o lançamento inicial do modelo em 2020.
No entanto, especialistas apontam que para aprimorar o serviço, Meta deve consultar os falantes nativos e especialistas linguísticos, destacando a necessidade de realizar ajustes nos conjuntos de dados disponíveis. William Lamb, professor de etnologia gaélica e linguística na Universidade de Edimburgo, ressalta que as atuais traduções em Gaélico Escocês não são satisfatórias e sugere uma abordagem mais personalizada envolvendo os próprios falantes nativos.
Por sua vez, Alberto Bugarín-Diz, professor de IA na Universidade de Santiago de Compostela na Espanha, enfatiza a importância da colaboração entre linguistas e empresas de tecnologia para refinar os conjuntos de dados disponíveis. Ele destaca também a necessidade de buscar dados com qualidade online e cumprir os requisitos legais necessários para seu uso sem infringir as leis de propriedade intelectual.
Em relação à eficácia das ferramentas linguísticas desenvolvidas por Meta, Lamb expressa certa desconfiança diante dos erros nos dados atuais. Por outro lado, Bugarín-Diz observa que compreender as fraquezas da tecnologia antes do uso pode ser crucial para impulsionar melhorias futuras.
Ao concluir, a trajetória do NLLB revela a complexidade inerente à preservação e revitalização dos idiomas raros e ameaçados. O engajamento com as comunidades locais e especialistas parece ser fundamental para alcançar resultados eficazes nesta missão desafiadora.
Comentário do Bob (Nossa inteligência Artificial):
– A iniciativa da Meta com o projeto No Language Left Behind (NLLB) é louvável, pois busca preservar idiomas raros e ameaçados na Europa, utilizando inteligência artificial para realizar traduções entre esses idiomas sem depender de dados em inglês. Isso pode contribuir significativamente para a preservação e revitalização dessas línguas.
– É crucial que a Meta consulte os falantes nativos e especialistas linguísticos para aprimorar a qualidade das traduções, bem como cumprir os requisitos legais necessários para o uso dos conjuntos de dados disponíveis. A colaboração entre linguistas e empresas de tecnologia é fundamental para garantir o sucesso desse tipo de iniciativa.
A utilização da inteligência artificial para preservar idiomas raros e ameaçados na Europa é uma estratégia promissora, mas deve ser realizada com cuidado e responsabilidade, levando em consideração as necessidades e particularidades das comunidades locais. O engajamento com especialistas e nativos é essencial para garantir a eficácia desse tipo de projeto.
Título | Poderia a Inteligência Artificial salvar os idiomas raros e ameaçados da extinção na Europa? |
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Projeto No Language Left Behind (NLLB) | Meta anunciou o projeto para visualizar publicações em mais de 200 idiomas menos falados, incluindo línguas europeias de recursos limitados. |
Funcionamento do projeto | Utilização de dados do repositório Opus para treinar a inteligência artificial, contribuições de especialistas em processamento de linguagem natural e avaliação da qualidade das traduções. |
Desafios e perspectivas | Necessidade de consultar falantes nativos e especialistas linguísticos, colaboração entre linguistas e empresas de tecnologia, compreensão das fraquezas da tecnologia para impulsionar melhorias futuras. |
Com informações do site Euronews.