Sindicato de Roteiristas propõe uso limitado de inteligência artificial durante negociações
O Sindicato dos Roteiristas da América, East, propôs uma cláusula durante as negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) que permitiria o uso limitado de ferramentas de inteligência artificial (IA) por roteiristas e estúdios.
Essa proposta gerou consternação na comunidade de roteiristas que se sente ameaçada pelo rápido avanço da IA como ferramenta de escrita. No entanto, o sindicato esclareceu em sua conta no Twitter que a proposta não permite o uso de conteúdo gerado integralmente pela IA. A AI pode ser usada em capacidades limitadas, mas não pode comprometer os padrões trabalhistas dos roteiristas, incluindo compensação financeira e créditos.
A proposta do sindicato proíbe o uso de conteúdo gerado puramente por IA como material de origem ou para reescrever trabalhos cobertos pelo acordo do WGA com o AMPTP. Isso ocorre porque o conteúdo gerado pela IA é criado a partir da ingestão de conteúdo protegido por direitos autorais e textos no domínio público. Segundo o WGA, a IA não cria nada: ela gera apenas uma regurgitação do que é alimentada. Além disso, a IA também apresenta o risco do plágio.
Embora já tenhamos visto a adoção de ferramentas de IA relacionada à perda do emprego dos escritores em outras indústrias, neste caso específico, o WGA está disposto a abraçar essa tecnologia disruptiva desde que ela não afete diretamente a forma como os criadores são creditados e remunerados. A proposta do sindicato permitiria que os roteiristas trabalhassem com histórias criadas com o auxílio de ferramentas de IA, mas esse conteúdo não seria considerado “material literário” ou “material de origem”.
Ao referir-se a “material literário”, o sindicato se refere às criações inventadas pelos roteiristas, como roteiros originais, enquanto “material de origem” se refere ao trabalho pré-existente adaptado por outro criador para um projeto separado. Ao excluir todo o conteúdo gerado por uma ferramenta de IA como material literário ou material de origem, isso tornaria possível que os escritores usassem as sugestões fornecidas pela IA para criar histórias e escrever roteiros inteiros sem necessariamente compartilhar créditos com a IA.
Entretanto, é importante ressaltar que a proposta não contemplou scripts completos criados inteiramente pela IA. Ainda não está claro se essa proposta será aceita pelo AMPTP ou se haverá mais discussões entre as partes nas próximas duas semanas.
Os receios das equipes de escrita vão além da atribuição de créditos: existem preocupações crescentes em alguns círculos criativos sobre conjuntos de dados aos quais essas ferramentas são treinadas. Se essa prática se tornar comum, é fácil imaginar disputas legais sobre plágio e autoria original, já que essa tecnologia cria coisas com base no que foi visto anteriormente. Embora possa ser argumentado que esse ponto também se aplica ao processo criativo humano até certo ponto, a proposta da WGA adentra território não explorado e potencialmente complicado.
Sindicato dos Roteiristas da América, East | |
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Proposta de permitir uso limitado de IA por roteiristas e estúdios | Não permite uso de conteúdo gerado integralmente pela IA |
IA pode ser usada em capacidades limitadas, mas não pode comprometer padrões trabalhistas dos roteiristas | Proposta proíbe uso de conteúdo gerado puramente por IA como material de origem ou para reescrever trabalhos cobertos pelo acordo do WGA com o AMPTP |
WGA está disposto a abraçar tecnologia disruptiva desde que não afete diretamente forma como criadores são creditados e remunerados | Proposta permitiria que roteiristas trabalhassem com histórias criadas com auxílio de ferramentas de IA, mas esse conteúdo não seria considerado “material literário” ou “material de origem” |
Proposta não contemplou scripts completos criados inteiramente pela IA | Ainda não está claro se será aceita pelo AMPTP ou se haverá mais discussões entre as partes nas próximas duas semanas |
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