Inteligência artificial na assistência médica pode fazer mais mal do que bem, alerta especialista
A implementação da inteligência artificial na assistência médica pode trazer mais prejuízos do que benefícios, alerta o Dr. Marc Siegel, professor clínico de medicina e diretor médico do Doctor Radio no NYU Langone Health. Embora tenha seus papéis importantes, a IA não deve substituir o julgamento clínico de um médico.
Para o médico de atenção primária, a avaliação e reavaliação contínua e personalizada do paciente é essencial, algo que a melhor IA nunca poderia atingir. Embora a IA possa avaliar a fração de ejeção cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, a administração do tratamento correto exige avaliações e ajustes constantes que não podem ser gerenciados pela tecnologia.
A implementação excessiva da IA pelos sistemas de saúde e seguradoras pode resultar em um modelo único para todos, ignorando as necessidades individuais dos pacientes. Embora isso possa economizar $1,3 bilhão em seguros saúde neste ano, os possíveis problemas futuros causados pela falta da atenção individualizada do médico são ignorados.
Além disso, existe o risco de responsabilidade caso os sistemas AI cometam erros em diagnósticos ou escolha de cuidados clínicos. Se um médico discordar de uma análise de computador e o paciente for prejudicado, o médico pode ser responsabilizado. A solução proposta pelos autores é expandir um “quadro de responsabilidade”, mas isso pode adicionar ainda mais burocracia.
Os limites da inteligência artificial devem ser reconhecidos e os médicos devem controlar a tecnologia para ajudá-los no diagnóstico e tratamento adequados dos pacientes. A relação essencial entre médico e paciente não deve ser ameaçada ou prejudicada pela implementação excessiva da IA.
Assunto | Prós | Contras |
---|---|---|
Uso de IA na assistência médica | – Avaliação de fração de ejeção cardíaca – Otimização de funções tradicionais – Economia de dinheiro em seguros saúde | – Falta de atenção individualizada dos pacientes – Possíveis erros em diagnósticos ou escolha de cuidados clínicos – Ameaça à relação médico-paciente |
Com informações do site New York Post.