Inteligência artificial não é capaz de identificar com precisão obras renascentistas de Shakespeare
Um pesquisador decidiu investigar se William Shakespeare teria escrito parte ou toda a peça renascentista “Arden of Faversham”, publicada em 1590 e cuja autoria é desconhecida. Para isso, utilizou inteligência artificial que analisa o vocabulário das peças do próprio Shakespeare e de outros escritores da época para tentar identificar os traços característicos do autor.
No entanto, o resultado da análise foi inconclusivo e mostra como os algoritmos não são capazes de classificar com precisão todas as obras renascentistas na categoria de Shakespeare ou não-Shakespeare. Cada vez mais vemos as ferramentas computacionais sendo aplicadas em diversas áreas do conhecimento humano, mas ainda há questões complexas que desafiam sua eficácia.
Apesar das pesquisas indicarem certos padrões no vocabulário e estilo utilizados por Shakespeare, é difícil estabelecer claramente o limite entre o que é seu e o que é de outros autores da época. Os dados linguísticos envolvidos nessa análise são complexos e dificultam a tarefa dos algoritmos. Outras características como sequência de palavras e gramática também precisariam ser consideradas pata tornar esse tipo de pesquisa mais eficiente.
A dificuldade em diferenciar obras renascentistas também gera implicações sobre outras áreas em que a inteligência artificial é usada atualmente, como na detecção de linguagem abusiva em comentários na internet ou na formulação de respostas a perguntas realizadas por chatbots. Essa complexidade decorre do próprio desafio de lidar com dados em linguagem natural, que é um dos tipos de informação mais importantes e presentes na internet.
Nesse sentido, o autor chama atenção para o conceito de “meganets”, redes de dados opacas e persistentes que controlam e influenciam a nossa percepção do mundo. Essas redes colecionam informações pessoais de nossas atividades diárias e as utilizam para construir algoritmos coletivamente escritos, modificados em resposta ao comportamento humano. Esses algoritmos podem ser influenciados por corporações ou governos, resultando em mudanças que afetam como nos comunicamos uns com os outros.
Portanto, é importante estar ciente de que a eficiência dos algoritmos não é absoluta e apresenta limitações diante da natureza complexa da linguagem humana. O desafio agora é buscar formas de superar essas limitações aprimorando essas ferramentas computacionais para que consigamos avançar em descobertas e pesquisas cada vez mais sofisticadas, mas sem deixar de levar em consideração o impacto dessas tecnologias no mundo real.
Notícia: | Um pesquisador utilizou inteligência artificial para investigar se William Shakespeare teria escrito parte ou toda a peça renascentista “Arden of Faversham”, cuja autoria é desconhecida. |
Resultado: | A análise foi inconclusiva, mostrando que os algoritmos não são capazes de classificar com precisão todas as obras renascentistas na categoria de Shakespeare ou não-Shakespeare. |
Implicações: | A dificuldade em diferenciar obras renascentistas gera implicações em outras áreas em que a inteligência artificial é usada atualmente, como na detecção de linguagem abusiva em comentários na internet ou na formulação de respostas a perguntas realizadas por chatbots. |
Desafios: | O desafio agora é buscar formas de superar as limitações da eficiência dos algoritmos diante da natureza complexa da linguagem humana, aprimorando essas ferramentas computacionais sem deixar de levar em consideração o impacto dessas tecnologias no mundo real. |
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Com informações do site G1.