Inteligência artificial é desafiada ao identificar a autoria de obras literárias
Inteligência artificial (IA) é usada para identificar a autoria de obras literárias, mas ainda enfrenta desafios na análise da linguagem humana. Tom Bartlett e sua equipe decidiram usar IA para identificar a autoria da peça renascentista Arden de Faversham (1590), mas o resultado foi inconclusivo. A razão para isso é que a IA desenvolveu suas próprias categorias e nem sempre foi clara qual das duas Arden pertencia.
Bartlett argumenta que analisar apenas as frequências de palavras utilizadas não é suficiente para encontrar características que tornem as obras literárias únicas o suficiente para classificá-las como pertencentes a um autor específico. Elementos adicionais, como sequência de palavras ou gramática, são necessários. Mas ainda assim, não existe um método 100% confiável até hoje.
O autor sugere que a falha da IA em classificar com precisão Arden de Faversham pode ser atribuída ao fato de que humanos têm habilidades naturais em relação à linguagem que máquinas ainda não conseguem reproduzir. E enquanto os algoritmos podem ser úteis em diversas tarefas complexas, como filtrar discursos abusivos ou reconhecer imagens específicas, eles ainda enfrentam dificuldades para lidar com a complexidade da linguagem humana.
Bartlett propõe que, no futuro, as meganets – redes de dados persistentes e cada vez mais complexas que controlam e influenciam nossas vidas – podem evitar a linguagem em favor de números e imagens. Isso faria com que IA deixasse de processar linguagem natural, o que pode afetar dramaticamente a forma como interagimos uns com os outros.
De forma resumida, Bartlett conclui que apesar da tentativa de usar IA para resolver o problema da autoria teatral, nenhum método é totalmente confiável até o momento. A falha no experimento demonstra que há aspectos da linguagem e estilo únicos dos autores que um programa computadorizado ainda não pode capturar com precisão.
Notícia | Há alguns anos, um investigador chamado Tom Bartlett se deparou com o problema de determinar a autoria da peça renascentista Arden de Faversham (1590). Ele queria saber se William Shakespeare teria escrito, pelo menos em parte, essa obra de autoria desconhecida. |
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IA e análise de texto | Bartlett e sua equipe usaram inteligência artificial (IA) para ajudar na análise da autoria da peça. No entanto, a IA desenvolveu suas próprias categorias e nem sempre foi clara qual das duas Arden pertencia. |
Limitações da IA | Bartlett argumenta que a falha da IA em classificar com precisão Arden de Faversham pode ser atribuída ao fato de que humanos têm habilidades naturais em relação à linguagem que máquinas ainda não conseguem reproduzir. E enquanto os algoritmos podem ser úteis em diversas tarefas complexas, eles ainda enfrentam dificuldades para lidar com a complexidade da linguagem humana. |
Futuro da IA | Bartlett propõe que no futuro, as meganets podem evitar a linguagem em favor de números e imagens, o que pode afetar dramaticamente a forma como interagimos uns com os outros. |
Conclusão | Apesar da tentativa de usar IA para resolver o problema da autoria teatral, nenhum método é totalmente confiável até o momento. A falha no experimento demonstra que há aspectos da linguagem e estilo únicos dos autores que um programa computadorizado ainda não pode capturar com precisão. |
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Com informações do site G1