Uma nova greve de roteiristas está acontecendo em Hollywood e, desta vez, há uma preocupação com a ascensão da inteligência artificial generativa. Os escritores temem que os estúdios usem a tecnologia para substituí-los em vez de ajudá-los em suas tarefas.
Desde a última greve de roteiristas, em 2007, o cenário do entretenimento mudou drasticamente. Agora, há mais conteúdo sendo produzido do que nunca, com os streamers e as empresas tradicionais como Disney e Warner Bros gastando bilhões de dólares por ano. No entanto, a IA se tornou um ponto central nas negociações sindicais contínuas dos escritores.
Preocupações crescentes
Inicialmente, os roteiristas não estavam particularmente preocupados com os chatbots que poderiam gerar ideias para filmes ou programas de TV sob comando. Mas isso mudou à medida que a tecnologia avançou e os avanços da IA levantam preocupações crescentes. Especialistas afirmam que Hollywood não deve ignorar essa questão.
Substituição de roteiristas
O receio dos escritores é que executivos usem as ferramentas existentes para substituir os roteiristas em vez de ajudá-los em suas tarefas. De acordo com Amy Webb, fundadora e CEO do Future Today Institute, isso já está acontecendo. Alguns nos bastidores de Hollywood sugerem que, se uma greve ocorrer, um sistema de IA pode ser rapidamente criado para escrever os roteiros.
Contramedidas
A WGA, sindicato dos roteiristas de Hollywood, procura bloquear materiais literários escritos ou reescritos pela tecnologia e evitar que ela crie material-fonte. Os escritores também querem garantir que os roteiros gerados por IA não possam ser considerados como material literário, o que faria com que fossem pagos menos do que por trabalhos originais.
Posição dos membros do WGA
Os membros do WGA protestaram contra o uso de IA nos roteiros durante a primeira semana da greve em Hollywood. O escritor/roteirista Adam Conover aponta que a fantasia da tecnologia será usada para devaluar os escritores e pagar menos por seu trabalho. Enquanto isso, o advogado Darren Trattner afirma que embora teoricamente a WGA pudesse proibir a IA de trabalhar em projetos do sindicato, na prática isso pode não ser possível.
Conclusão
No entanto, é importante lembrar que a inteligência artificial não pode substituir completamente um escritor. Ainda assim, é importante garantir o uso adequado dessa tecnologia pelos produtores e executivos de Hollywood e impedir sua utilização como ferramenta para substituir humanos no processo criativo.
Notícia | Greve de roteiristas em Hollywood preocupa com o uso da inteligência artificial generativa na criação de conteúdo |
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Contexto | Em 2007, a Netflix ainda era principalmente um negócio de DVD pelo correio, a Amazon Studios e a Apple ainda não haviam migrado do Vale do Silício para Hollywood e o streaming como conhecemos hoje nem existia. Agora, há mais conteúdo sendo produzido do que nunca, com os streamers e as empresas tradicionais como Disney e Warner Bros gastando bilhões de dólares por ano. |
Preocupação dos roteiristas | Executivos podem usar a tecnologia de IA para substituir roteiristas em vez de ajudá-los em suas tarefas, devaluar o trabalho dos escritores e pagar menos por seu trabalho. |
Posição da WGA | Bloquear materiais literários escritos ou reescritos pela tecnologia e evitar que ela crie material-fonte. Garantir que os roteiros gerados por IA não possam ser considerados como material literário, o que faria com que fossem pagos menos do que por trabalhos originais. |
Importância | Garantir o uso adequado da tecnologia pelos produtores e executivos de Hollywood e impedir sua utilização como ferramenta para substituir humanos no processo criativo. |
Com informações do site Hollywood Reporter.