Congressista de 72 anos retorna à universidade para estudar inteligência artificial
O Congressista Don Beyer, democrata da Virgínia, acordou cedo na última quinta-feira para ir à universidade, mas não era um projeto de lei que chamava sua atenção – era o curso que está fazendo enquanto busca um diploma de pós-graduação em aprendizado de máquina na Universidade George Mason. Com 72 anos, ele ainda tem duas ou três disciplinas da graduação para concluir antes de iniciar os cursos de pós-graduação no outono de 2024.
Beyer dedica a maior parte do seu tempo à representação do 8º distrito congressional da Virgínia, como membro sênior do Comitê Econômico Conjunto e do Comitê Ways and Means. Contudo, ele está encontrando tempo para frequentar aulas juntamente com jovens estudantes em busca de um diploma que o permita entender melhor uma das tecnologias que se desenvolvem mais rapidamente na história humana.
“Após todos esses anos dedicados a diversas universidades e matérias, foi um pouco intimidante perceber que eu ainda tinha uma enorme quantidade de matemática e ciência da computação para concluir apenas para me qualificar para um programa de pós-graduação”, disse Beyer. Porém, ele compara isso a plantar uma árvore – é algo esperançoso a longo prazo.
Por que o congressista está estudando inteligência artificial?
Beyer explica que ele não busca esse grau para se tornar um especialista em políticas públicas, mas sim aprender tudo o que puder sobre uma tecnologia com potencial para ajudar as pessoas ao analisar enormes quantidades de dados. Ele cita como exemplo curioso o fato de haver tantas jovens mulheres com depressão e ansiedade atualmente ou por que muitos jovens homens preferem videogames a trabalhar. Não se sabe as respostas, mas há uma enorme quantidade de dados que geramos diariamente e poder conectar as informações é fundamental.
Ao mesmo tempo em que enxerga todo o potencial positivo da tecnologia, Beyer está consciente dos riscos. Ele está trabalhando em uma iniciativa legislativa para explorar as desvantagens possíveis da inteligência artificial (IA), especialmente no que diz respeito à eliminação de empregos – havendo muitos postos de trabalho afetados, como editores ou programadores de computador com habilidades básicas.
Qual é a iniciativa legislativa proposta pela congressista?
A iniciativa seria focada nos impactos negativos da IA, tendo em vista que não fazemos um bom trabalho regulando as mídias sociais, que têm vantagens enormes para a comunicação em comunidades, mas também evidenciam claras desinformações vindas principalmente da Rússia e China.
Para Beyer, sua motivação pessoal também influencia os pensamentos em relação aos avanços tecnológicos: a detecção precoce do câncer de mama com a ajuda da inteligência artificial lhe chamou atenção após perder um amigo para o câncer pancreático no ano passado. Ele acredita que vamos ser capazes de identificar as desvantagens rapidamente e assim direcionar políticas públicas para regulamentação quando necessário.
Por que os legisladores possuem pouca informação sobre IA?
O congressista conclui dizendo que no momento atual os legisladores ainda possuem muito pouca informação suficiente sobre IA e seus respectivos impactos. “Muitas pessoas sabem soletrar ‘IA’, mas realmente não sabem o que é nem como vai afetar suas vidas. E algumas outras terão expectativas irrealistas sobre a IA”, diz ele. E acrescenta que a atenção atual está voltada principalmente para os grandes modelos de linguagem como o ChatGPT, mas acredita que a verdadeira promessa da tecnologia é mudar a maneira como vivemos nossas vidas.
Quem? | Don Beyer |
O que? | Estudando aprendizado de máquina em busca de um diploma de pós-graduação |
Por quê? | Para entender melhor uma tecnologia com potencial para ajudar as pessoas ao analisar enormes quantidades de dados e explorar os impactos negativos da inteligência artificial (IA) |
Como? | Dedicando tempo para frequentar aulas juntamente com jovens estudantes |
Quando? | Concluindo as disciplinas da graduação antes de iniciar os cursos de pós-graduação no outono de 2024 |
Com informações do site Fox News.