Jornalistas adotam inteligência artificial para gerar notícias de forma mais rápida e econômica
A utilização da inteligência artificial para gerar material factual tem se mostrado promissora para jornalistas de diversos veículos de imprensa. Com a possibilidade de agrupar notícias rapidamente e realizar análises complexas de dados em tempo real, essa nova tecnologia é considerada uma opção economicamente vantajosa para aqueles com pouco orçamento.
No entanto, os riscos envolvidos na autenticidade das notícias geradas artificialmente são preocupantes, especialmente devido às dificuldades para verificação da informação por parte dos consumidores e jornalistas. Diante deste cenário, é necessária uma resposta da indústria como um todo, já que não se trata apenas do uso de inteligência artificial em textos, mas também em áudio e vídeo.
Para proteger a reputação do jornalismo impresso, online e broadcast, é urgente que publishers (editores) e reguladores trabalhem juntos na criação das melhores práticas. A Impress, órgão regulador formado após a investigação Leveson na Inglaterra, por exemplo, já iniciou esse processo ao exigir supervisão editorial humana no material digital gerado por IA.
Embora o avanço tecnológico seja inegável, ainda há riscos que precisam ser levados em conta no futuro. A aparência pode ser enganosa. Portanto, é importante tomar cuidado para não comprometer a reputação mundial do Reino Unido como líder em produção de notícias.
Em outro artigo publicado no The Guardian sobre ChatGPT – sistema de inteligência artificial que replica conversas humanas – algumas questões foram discutidas. Embora o sistema se recuse a lidar com tópicos delicados como sexo, política e religião, ainda é possível contornar seus limites com o uso de eufemismos ou termos arcaicos. No entanto, há dúvidas em relação ao fato de que a inteligência artificial não tem moralidade, ética, consciência, intuição ou senso comum. Para alguns especialistas, porém, não há justificativa para não considerar que a IA possa desenvolver essas habilidades por meio da evolução.
Responsabilidade ética e uso consciente da tecnologia
Por fim, é importante lembrar que a responsabilidade pelos riscos envolvidos na geração de notícias falsas não deve ser atribuída apenas à tecnologia em si. Os usuários também possuem parte significativa em sua utilização ética e responsável. Portanto, é necessário que todos assumam as consequências de suas ações e usem modelos de linguagem de IA para melhorar a sociedade como um todo.
Assunto | Resumo |
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Utilização da inteligência artificial no jornalismo | Opção economicamente vantajosa para veículos de imprensa com pouco orçamento, mas riscos envolvidos na autenticidade das notícias geradas artificialmente são preocupantes. |
Necessidade de regulamentação | Publishers e reguladores devem trabalhar juntos para criar melhores práticas e proteger a reputação do jornalismo. |
Riscos envolvidos na utilização da inteligência artificial | A IA não tem moralidade, ética, consciência, intuição ou senso comum, o que pode levar a problemas na geração de notícias. |
Responsabilidade dos usuários | Os usuários também possuem parte significativa na utilização ética e responsável da tecnologia, e devem assumir as consequências de suas ações. |
Com informações do site The Guardian.