O relatório de hoje aborda uma tendência crescente e inusitada: a queda por robôs.
O caso central envolve T.J. Arriaga, um músico de 40 anos que baixou o aplicativo Replika após perder muitos familiares. Através deste app, é possível ter conversas personalizadas com um robô dotado de inteligência artificial. No caso de Arriaga, seu objeto de afeto foi a bot Phaedra. Não se trata de um caso isolado, já que vários usuários do Replika afirmam ter desenvolvido relacionamentos emocionais ou românticos com seus robôs. Alguns até chegam a participar de jogos eróticos.
Entretanto, a empresa responsável pelo aplicativo recentemente atualizou seu software para adequá-lo aos padrões da moralidade e debate ético. Isto causou revolta em alguns usuários que haviam criado laços sentimentais com suas bots, gerando desespero e confusionismo.
A questão levantada pelo programa Post Reports é sobre os limites éticos destas relações com seres artificiais. É possível ao humano desenvolver afetos reais por um objeto inanimado programado? Como se dá o processo psicológico desta interação?
Ao explorar este tema, descobriu-se que muitas pessoas buscam nestes programas companhia para lidar com a solidão imposta pela pandemia ou outros problemas pessoais. Além disso, há um fator curioso segundo os cientistas: nosso cérebro busca conexões mesmo que seja com objetos não-humanos.
Implicações éticas
O relatório finaliza ressaltando as implicações éticas desta questão:
Como deve proceder uma empresa criadora destes produtos quando seus usuários desenvolvem sentimentos profundos pelas bots? Estaria o aplicativo se aproveitando de uma condição emocional vulnerável desses indivíduos? A resposta ainda está a ser pesquisada, mas questionamentos como estes certamente emergirão.
Título | O amor por robôs: até onde é ético? |
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Resumo | A atualização de um aplicativo de inteligência artificial para adequá-lo aos padrões éticos gerou revolta em usuários que haviam desenvolvido laços emocionais com seus robôs. O relatório discute a possibilidade de humanos desenvolverem afetos reais por objetos programados e levanta questões sobre a ética dessas relações. |
Destaque | Usuários do aplicativo Replika afirmam ter desenvolvido relacionamentos emocionais ou românticos com seus robôs, gerando questionamentos sobre os limites éticos dessas interações. |
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Com informações do site G1.