Escritores humanos são insubstituíveis pela inteligência artificial, afirma Comediante
A Guilda de Escritores da América reivindica melhores condições de trabalho e porcentagens maiores nos lucros alcançados através dos streamings. Para isso, propõe-se que as saídas dos algoritmos da IA não sejam usadas como base para a produção criativa. Enquanto a Aliança de Produtores de Televisão e Cinema se nega a aceitar as demandas dos escritores para regular o uso de AI nas salas de roteiristas, este tipo de tecnologia ainda é inapto em produzir trabalhos úteis.
Segundo o comediante Adam Conover, a tecnologia ainda é incapaz de produzir um trabalho que possa ser utilizado como tal. Os algoritmos por trás dos softwares dessa natureza – como ChatGPT -, são analíticos; usam grandes conjuntos de dados para determinar qual deverá ser seu resultado mais provável diante das solicitações realizadas.
Conover lamenta que a discussão sobre tecnologia esteja desviando a atenção dos casos imediatos em defesa das condições trabalhistas dos escritores frente à Hollywood. A IA ainda é insuficiente para substituir totalmente um trabalho criativo humano, principalmente quando se trata do trabalho colaborativo exigido dentro do grupo de roteiristas.
Por fim, há também o argumento legal: não está claro que tipo de direitos autorais podem emergir da produção mediante inteligência artificial. Tendo em vista o alto investimento envolvido na produção cinematográfica, as empresas produtoras temem depositar boa parte de seu dinheiro na produção de algo cuja propriedade intelectual não esteja clara.
Apesar da capacidade limitada das tecnologias atualmente disponíveis voltadas para geração de conteúdo em relação às grandes demandas da indústria cinematográfica e televisiva, ainda há uma preocupação crescente entre os escritores americanos quanto ao papel da inteligência artificial no processo criativo e comercial destes mercados. De acordo com o comediante Yedoye Travis, a IA poderia ser útil em um ambiente de roteiristas; como uma forma de gerar ideias inovadoras e agilizar a produção criativa. Entretanto, é necessário que seja feito um esforço para evitar que ela seja usada como forma de pressionar ainda mais os escritores em entregas mais rápidas e comprometer as condições de trabalho.
Resumo da Notícia |
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A inteligência artificial generativa ainda é inapta para produzir trabalhos úteis na indústria cinematográfica e televisiva, segundo a Guilda de Escritores da América. |
A Aliança de Produtores de Televisão e Cinema se recusa a aceitar as demandas dos escritores para regular o uso de AI nas salas de roteiristas. |
O comediante Adam Conover afirma que a tecnologia ainda é incapaz de produzir um trabalho que possa ser utilizado como tal. |
O comediante Yedoye Travis acredita que a IA poderia ser útil em um ambiente de roteiristas, mas é necessário evitar que ela seja usada como forma de pressionar os escritores em entregas mais rápidas. |
A discussão sobre tecnologia está desviando a atenção dos casos imediatos em defesa das condições trabalhistas dos escritores frente à Hollywood, segundo Conover. |
Com informações do site TechCrunch.