Estudantes usam inteligência artificial para trapacear
Quatro casos de alunos que utilizaram programas de linguagem inteligente movidos por inteligência artificial para escrever pequenos ensaios foram detectados em um curso de primavera com 120 estudantes.
Apesar das preocupações sobre o uso desses sistemas para evitar a aprendizagem, é importante lembrar que, em 2023, esses sistemas ainda não funcionam tão bem. Foi fácil identificar as fraudes, pois os ensaios continham erros evidentes e textos que não correspondiam à solicitação dada aos alunos ou que simplesmente soavam diferentes do que um ser humano escreveria.
De acordo com a política da Universidade da Virginia, que preza pela honra acadêmica, cada aluno foi abordado individualmente e teve a oportunidade de refletir sobre o uso desses serviços. Em todos os casos, os alunos alegaram estarem sobrecarregados com as exigências dos outros cursos e da vida.
O curso em questão, intitulado “Democracia em Perigo”, tem como objetivo fazer os alunos considerarem as raízes históricas das ameaças à democracia ao redor do mundo, não sendo o fórum adequado para pressioná-los a considerar o uso imprudente de novas tecnologias e o que acontece atrás da tela com um sistema de aprendizado de máquina baseado em linguagem.
Contudo, é crucial questionarmos se devemos ignorar os perigos presentes e sérios desses sistemas mal projetados e implantados.
Devido à possibilidade de enganar um professor, a solução encontrada foi exigir formas mais antigas de criação de conhecimento, como escrita em sala de aula, que requer clareza e concisão, e mais apresentações em grupo, gerando uma compreensão mais profunda do assunto em tempo real.
Os avanços recentes no aprendizado de máquina baseado em linguagem estão gerando questões interessantes a serem debatidas e analisadas pelos alunos. Esses sistemas funcionam gerando prosa significativa com base no vasto índice de linguagem que produzimos para a World Wide Web e que empresas como o Google digitalizaram de livros. Eles falsificam algo que parece conhecimento, produzindo sequências de texto que têm sentido estatístico.
Ao exigir a reflexão dos alunos e mudar a abordagem pedagógica, a situação da fraude se transformou em um importante momento de aprendizado.
Notícia | Em curso de primavera, alunos usam programas de linguagem inteligente para escrever ensaios fraudulentos |
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Detalhes | Quatro casos foram detectados e os alunos confessaram terem usado esses sistemas |
Consequências | Alunos concordaram em reescrever as tarefas eles mesmos e iniciou-se uma conversa com cada um para fazer desse momento uma oportunidade para aprendizado |
Reflexão | Pediu-se que os alunos refletissem se os resultados refletiam bem seu objetivo de se tornarem cidadãos educados |
Medidas | Professor exigirá formas antigas de criação de conhecimento para desafiar os alunos e ajudá-los a aprender, como escrita em sala de aula e apresentações em grupo |
Preocupações | Há preocupação sobre como os estudantes poderiam usar esses sistemas para evitar o ônus de realmente aprender |
Com informações do site The Guardian.