VCs e empresas de tecnologia europeias alertam contra a super-regulamentação da IA em leis da UE
Hoje, diversas figuras proeminentes do setor de tecnologia na Europa assinaram uma carta aberta direcionada à Comissão Europeia, alertando sobre os riscos de uma super-regulamentação da inteligência artificial (IA) nas leis da União Europeia. A carta destaca que essa regulamentação excessiva pode prejudicar a inovação e deixar a Europa de fora da revolução gerativa da IA. Cerca de 150 empresas, incluindo gigantes como Siemens e Airbus, destacaram os potenciais impactos negativos de regras rígidas, que poderiam ameaçar a capacidade das companhias europeias de competir globalmente no campo da IA.
A carta ressalta que a IA oferece “a chance de voltarmos à vanguarda tecnológica”, mas as atuais propostas regulatórias da UE podem acabar com essas oportunidades. Além das grandes empresas, startups e investidores também assinaram o documento, demonstrando o apoio generalizado à preocupação levantada. Enviada à Comissão Europeia, ao parlamento e aos países membros na sexta-feira passada, a carta argumenta que o projeto legislativo coloca em risco a competitividade e soberania tecnológica da Europa, sem resolver efetivamente os desafios enfrentados pelo setor.
A pressão por regulamentação aumentou nos últimos oito meses, desde o lançamento do chatbot ChatGPT da OpenAI. Essa preocupação tem alimentado receios em alguns governos europeus, resultando na proibição do uso do GhatGPT em países como a Itália. No entanto, os signatários da carta argumentam que as leis propostas podem “regulamentar pesadamente” modelos gerativos fundamentais, independentemente de seus casos de uso.
A carta defende que os custos de conformidade e os riscos de responsabilidade podem ser desproporcionais, levando empresas e investidores a deixarem a UE para aproveitar as inovações em IA em outros lugares. Isso poderia criar uma “lacuna crítica de produtividade” em relação aos Estados Unidos. Os signatários também sugerem a criação de um órgão regulador composto por especialistas do setor, capaz de monitorar a aplicação das novas leis e levar em consideração os avanços tecnológicos.
No entanto, a carta recebeu críticas, com o membro do Parlamento Europeu, Dragoș Tudorache, afirmando que grandes empresas estão sendo pressionadas por uma minoria “agressiva”. Apesar disso, as empresas e investidores continuam defendendo a necessidade de uma regulamentação mais flexível, baseada em conformidade rígida, que permita à Europa competir e liderar na nova era da IA.
Jeannette zu Fürstenberg, porta-voz do movimento que redigiu a carta, afirmou: “A revolução iminente da IA moldará significativamente o futuro de todos os continentes. Há muito tempo discutimos a falta de liderança tecnológica na Europa e agora é hora de agir. Chegamos à conclusão de que o AI Act, em sua forma atual, tem consequências catastróficas para a competitividade europeia”. Ela acrescentou: “Atualmente estamos testemunhando muitos talentos europeus deixando posições de liderança em empresas de tecnologia dos EUA para desenvolver tecnologias inovadoras na Europa”.
Resumo da Notícia
Parte Importante | Fatos Relevantes |
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Alerta dos líderes do setor de tecnologia | – Cerca de 150 empresas europeias assinaram uma carta aberta alertando sobre os riscos de uma regulamentação rígida da inteligência artificial. – Empresas como Siemens e Airbus destacaram que as regras poderiam ameaçar a capacidade das companhias europeias de competir na área da IA. |
Propostas regulatórias da União Europeia | – Atuais propostas regulatórias no âmbito da UE podem acabar com as oportunidades da Europa na revolução da IA. – Startups e investidores também assinaram a carta aberta, expressando preocupação com a regulamentação. |
Impacto das leis propostas | – Empresas e investidores temem que os custos de conformidade e os riscos de responsabilidade sejam desproporcionais, levando-os a deixar a UE. – Os signatários defendem a criação de um órgão regulador da UE composto por especialistas do setor. |
Com informações do site TechCrunch.