Fórum discute os limites da Inteligência Artificial (IA)
Estudiosos e filósofos se reuniram no terceiro congresso bienal da Asian Network for Philosophy of Social Science (Anposs) para discutir os limites da Inteligência Artificial (IA). O evento, promovido pela Asian Network for the Philosophy of the Social Sciences 2033, aconteceu no Campus Tha Prachan da Universidade Thammasat.
O professor Daniel Little, da Universidade de Michigan-Dearborn, conduziu as discussões e apresentou sua abordagem sobre o individualismo ontológico. Ele destacou a influência mútua entre a sociedade e os indivíduos, citando exemplos do Irã onde mulheres têm causado mudanças através de protestos contra o uso do hijab.
No entanto, durante o fórum foi ressaltado que a IA possui limitações. Embora represente uma oportunidade e uma ameaça simultaneamente, ela nunca poderá duplicar usuários das redes sociais nem desenvolver autoconsciência. A diretora do programa de Bacharelado em Filosofia, Política e Economia da Universidade Thammasat, Phanomkorn Yothasorn, afirmou que a experiência online dos usuários das redes sociais deve ser considerada separadamente de suas identidades reais.
Plataformas como o Facebook incentivam os usuários a usarem seus nomes verdadeiros e se conectarem com amigos para terem uma experiência online mais realista. Yothasorn explicou que o perfil online é apenas a superfície, enquanto a experiência humana é oca como uma bola de bambu. Segundo ela, a experiência se baseia na consciência de si mesmo e não depende do conteúdo compartilhado.
Quando questionada sobre o impacto da criação de perfis falsos nas redes sociais, Phanomkorn afirmou que sua definição de experiência difere da explicação convencional. Para ela, ser consciente de si mesmo é o mais importante e não importa se o conteúdo é original ou copiado. Ela ressaltou que pode haver várias representações de uma pessoa online, mas apenas uma terá a experiência real. Portanto, é fundamental focar na identidade verdadeira do usuário.
No congresso, também foi debatida a possibilidade da IA desenvolver autoconsciência e substituir os seres humanos no trabalho. Alguns especialistas argumentaram que a consciência está relacionada ao conhecimento próprio e à percepção da própria existência. Yukti Mukdawijita, professora da Universidade Thammasat, apresentou essa visão e destacou que se a IA não possuir esse conhecimento próprio, ela será apenas uma extensão humana em vez de uma entidade independente.
Além disso, Peng Bi Qi, candidata a doutorado pela Universidade Nankai, discutiu como a relação entre humanos e IA afeta nossa identidade pessoal e nosso propósito de trabalho. Ela enfatizou que os atuais sistemas projetados pelos seres humanos não conseguem incorporar elementos vitais que caracterizam o indivíduo, como consciência subjetiva, autorreflexão e sentimentos subjetivos. Qi também mencionou que a tecnologia de reconhecimento facial da IA consegue identificar rostos, mas não compreende a experiência, emoções ou narrativa associadas a cada indivíduo.
Em resumo, o fórum sobre os limites da IA trouxe discussões relevantes sobre a influência dos indivíduos na sociedade e as limitações das redes sociais e da inteligência artificial. Os especialistas destacaram que a experiência humana não pode ser duplicada online e que a IA ainda está longe de alcançar a autoconsciência. Essas reflexões são fundamentais para entendermos melhor as fronteiras do desenvolvimento tecnológico e suas implicações no mundo social.
Relatório: Fórum discute limites da Inteligência Artificial |
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No evento promovido pela Asian Network for the Philosophy of the Social Sciences 2033, estudiosos e filósofos reuniram-se para discutir os limites da Inteligência Artificial (IA). |
O professor Daniel Little, da Universidade de Michigan-Dearborn, conduziu as discussões e apresentou sua abordagem sobre o individualismo ontológico. |
A diretora do programa de Bacharelado em Filosofia, Política e Economia da Universidade Thammasat, Phanomkorn Yothasorn, afirmou que a experiência online dos usuários das redes sociais deve ser considerada separadamente de suas identidades reais. |
De acordo com Yothasorn, plataformas como o Facebook incentivam os usuários a usarem seus nomes verdadeiros e se conectarem com amigos para terem uma experiência online mais realista. |
Phanomkorn ressaltou que pode haver várias representações de uma pessoa online, mas apenas uma terá a experiência real. |
Alguns especialistas argumentaram que a consciência está relacionada ao conhecimento próprio e à percepção da própria existência. |
Peng Bi Qi, candidata a doutorado pela Universidade Nankai, discutiu como a relação entre humanos e IA afeta nossa identidade pessoal e nosso propósito de trabalho. |
Qi mencionou que a tecnologia de reconhecimento facial da IA consegue identificar rostos, mas não compreende a experiência, emoções ou narrativa associadas a cada indivíduo. |
Em resumo, o fórum trouxe discussões relevantes sobre a influência dos indivíduos na sociedade e as limitações das redes sociais e da inteligência artificial. |
Com informações do site Bangkok Post.