Governos correm para regulamentar ferramentas de IA

Governos correm para regulamentar ferramentas de IA

Nos últimos anos, temos testemunhado avanços rápidos na área da Inteligência Artificial (IA), o que está complicando os esforços dos governos para concordar com leis que governem o uso dessa tecnologia inovadora. Diversas medidas estão sendo tomadas por órgãos regulamentadores nacionais e internacionais para regulamentar as ferramentas de IA.

O governo australiano, por exemplo, está buscando um amplo entendimento das regulamentações através da consulta ao principal órgão consultivo científico do país. O objetivo é considerar os próximos passos a serem tomados.

Paralelamente, a Financial Conduct Authority do Reino Unido está trabalhando em novas diretrizes para cobrir a IA em consulta com instituições jurídicas e acadêmicas.

O governo chinês também está planejando iniciar regulamentações de IA no país, conforme anunciou Elon Musk após uma reunião com autoridades durante uma visita à China. Para isso, foram divulgadas medidas preliminares em abril para gerenciar serviços generativos de IA.

Na União Europeia (UE), os legisladores concordaram com alterações a uma proposta de lei denominada AI Act. No entanto, espera-se que haja debate acerca do reconhecimento facial e vigilância biométrica — alguns parlamentares defendem uma proibição total, enquanto países membros da UE desejam exceções para segurança nacional, defesa e fins militares.

Ao mesmo tempo, a França está investigando possíveis violações relacionadas ao ChatGPT e sua privacidade, enquanto o Japão está buscando regulamentações para impulsionar o crescimento econômico e estabelecer uma posição de liderança em chips avançados.

A Espanha também iniciou uma investigação preliminar sobre possíveis violações de dados pelo ChatGPT. Além disso, o país pediu à Agência Europeia de Proteção de Dados que avalie as preocupações com a privacidade relacionadas ao ChatGPT.

Outras nações, como Israel e os Estados Unidos, estão trabalhando na regulamentação da IA, considerando aspectos como inovação, direitos humanos e segurança civil. Enquanto isso, o secretário-geral das Nações Unidas apoiou a criação de um órgão regulador semelhante à Agência Internacional de Energia Atômica para monitorar a IA.

Ademais, nos EUA, a Federal Trade Commission tem se preocupado com as questões competitivas trazidas pela IA generativa. Por sua vez, o presidente Joe Biden expressou a necessidade de obter conselhos especializados sobre os riscos da IA para a segurança nacional e a economia.

Portanto, governos em todo o mundo estão atentos às consequências dessa tecnologia avançada e buscando soluções regulatórias eficazes para garantir seu uso adequado e proteger os direitos dos indivíduos. Enquanto isso avançamos rumo ao futuro tecnológico, é fundamental equilibrar inovação com segurança. A introdução dessas medidas regulatórias é esperada até o final de 2023.

Com informações do site Economic Times.