Chatbots com inteligência artificial são populares, mas não pensam como humanos
O uso de chatbots com inteligência artificial vem se popularizando cada vez mais nos últimos meses. Eles têm surpreendido o público com suas habilidades, desde a escrita de trabalhos avançados até a condução de conversas extremamente lúcidas. No entanto, é importante destacar que esses chatbots não possuem a capacidade de pensar como os humanos, já que não compreendem realmente o que estão dizendo.
De acordo com especialistas, essa tecnologia é capaz de imitar a fala humana por ter incorporado uma grande quantidade de texto, em sua maioria extraída da internet. Essa informação é a principal fonte de informação do sistema sobre o mundo que está sendo construído e influencia diretamente na forma como ele responde aos usuários.
As empresas de tecnologia têm sido mais cautelosas quanto aos dados usados para alimentar esses algoritmos. O jornal “The Washington Post” realizou uma investigação em conjunto com pesquisadores do Instituto Allen para IA a fim de entender melhor quais tipos de sites estão sendo utilizados na alimentação desses chatbots poderosos. Eles analisaram o conjunto de dados Google C4, composto por 15 milhões de sites usados no treinamento dos modelos linguísticos mais avançados do idioma inglês.
Os três principais sites foram patents.google.com, wikipedia.org e scribd.com. Porém, foram encontrados diversos outros tipos de conteúdo nesse vasto conjunto, desde fóruns para jogadores até mercados para livros pirateados. Além disso, foi encontrada a presença preocupante de informações pessoais sob bancos de dados de registrantes de votos nos Estados Unidos.
Os sites que contribuíram para o treinamento dos chatbots estavam divididos em onze categorias, sendo a maior delas a de Negócios e Indústria. Muitos sites acessados pelos usuários vêm de áreas que possivelmente serão afetadas pela evolução dessas tecnologias, como os setores de entretenimento, desenvolvimento de software, medicina e criação de conteúdo. No entanto, alguns sites que apareceram com frequência no conjunto parecem ter sido escolhidos aleatoriamente, não se encaixando dentro da maioria das categorias presentes na pesquisa.
Por fim, é importante lembrar que muitos dos conteúdos utilizados pelos chatbots foram provavelmente usados sem as permissões necessárias ou compensação financeira a seus criadores originais. Isso pode levar à abertura de diversos desafios judiciais envolvendo esse tema e abre margem para a propagação de informações incorretas ou enganosas pelos chatbots, já que nem sempre oferecem fontes seguras e confiáveis.
Resumo da Notícia |
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O uso de chatbots com inteligência artificial explodiu em popularidade nos últimos quatro meses, surpreendendo o público com suas habilidades impressionantes. |
Os chatbots não podem pensar como os humanos, já que eles não compreendem realmente o que estão dizendo. Eles são capazes de imitar a fala humana porque a tecnologia de inteligência artificial que os alimenta englobou uma quantidade enorme de texto, na sua maioria extraído da internet. |
Os três principais sites utilizados na alimentação dos chatbots poderosos foram patents.google.com, wikipedia.org e scribd.com. |
Os sites que contribuíram para o treinamento dos chatbots eram divididos em onze categorias, sendo a maior delas a de Negócios e Indústria. |
Muitos dos conteúdos preservados nos chatbots provavelmente foram utilizados sem as permissões necessárias ou compensação financeira a seus criadores originais, o que pode levar à abertura de diversos desafios judiciais envolvendo esse tema. |
Com informações do site The Washington Post.